Levantamento da Folha de S.Paulo desta quinta/9, mostra que, entre 2017 e 2020, houve um forte movimento, em nível nacional, de prefeitos municipais, da centro-esquerda para a centro-direita.
DEM, PSD, PP, Cidadania e PSL engordaram suas fileiras, enquanto MDB, PSDB, PSB, PDT e PT sofreram desidratação.
O jornal paulista atribui a migração ao fato de o controle político do governo federal ter mudado de lado.
De pires na mão, a maioria dos chefes municipais Brasil afora teve de se render a quem hoje tem acesso a verbas, emendas e projetos.
É verdade que em algumas situações camaleônicas específicas, os anfitriões brasilienses não mudam – não importa os rumos do poder.
Berço do cirismo e governado por um petista, o Ceará é uma situação sui generis desse novo mapa do poder municipal.
Mesmo em campos opostos no Congresso Nacional, o PDT dos Ferreira Gomes atraiu novos prefeitos, enquanto o PSD de Domingos Filho dobrou o número de prefeitos.
Na outra ponta, o PSDB de Tasso Jereissati e o MDB de Eunício Oliveira sofreram as maiores baixas – situação análoga ao cenário nacional.
Toda a dinâmica, claro, tem relação direta com a disputa eleitoral que se aproxima.
Em novembro próximo, a depender do padrinho político, prefeitos e/ou candidatos podem levantar a taça ou beijar a lona.
Também é óbvio que esse é somente uma das variáveis que definirão o novo mapa político municipal.