Mapa do poder municipal começa a mudar antes mesmo das eleições

Marcha dos Prefeitos, em Brasília, em 2019: em busca de verbas e apoio político

Levantamento da Folha de S.Paulo desta quinta/9, mostra que, entre 2017 e 2020, houve um forte movimento, em nível nacional, de prefeitos municipais, da centro-esquerda para a centro-direita.

DEM, PSD, PP, Cidadania e PSL engordaram suas fileiras, enquanto MDB, PSDB, PSB, PDT e PT sofreram desidratação.

O jornal paulista atribui a migração ao fato de o controle político do governo federal ter mudado de lado.

De pires na mão, a maioria dos chefes municipais Brasil afora teve de se render a quem hoje tem acesso a verbas, emendas e projetos.

É verdade que em algumas situações camaleônicas específicas, os anfitriões brasilienses não mudam – não importa os rumos do poder.

Berço do cirismo e governado por um petista, o Ceará é uma situação sui generis desse novo mapa do poder municipal.

Mesmo em campos opostos no Congresso Nacional, o PDT dos Ferreira Gomes atraiu novos prefeitos, enquanto o PSD de Domingos Filho dobrou o número de prefeitos.

Na outra ponta, o PSDB de Tasso Jereissati e o MDB de Eunício Oliveira sofreram as maiores baixas – situação análoga ao cenário nacional.

Toda a dinâmica, claro, tem relação direta com a disputa eleitoral que se aproxima.

Em novembro próximo, a depender do padrinho político, prefeitos e/ou candidatos podem levantar a taça ou beijar a lona.

Também é óbvio que esse é somente uma das variáveis que definirão o novo mapa político municipal.

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