A decisão de Camilo

Muito bem reeleito, governador tem avaliação positiva no enfrentamento da crise pandêmcia

A decisão de Camilo Santana em brecar o esperado retorno de aulas presenciais, bares, cinemas, shows, espetáculos e academias, na 4ª fase de reabertura econômica, tem base técnica.

Atividades que causam aglomeração – atual inimigo público número um da saúde, em todo o mundo -, foi o risco calculado, que serviu de base para o anúncio.

Admita-se, a situação é frustrante para empresários dos setores, desaponta o público frequentador desses ambientes e não é confortável para o próprio governador.

Mas foi o que apontou o comitê que monitora a situação da pandemia no Ceará.

Dito isso, algumas considerações, para além da esdrúxula dicotomia vida-economia.

1 – Camilo afirma que a decisão é baseada no que dizem os especialistas – apesar de a posição final ser dele. Ou seja, o governador divide com o comitê o ônus da decisão.

2 – Bem avaliado até aqui, o governo Camilo vem se desdobrando no enfrentamento da pandemia, com ações efetivas e responsáveis. Essa imagem blinda decisões amargas.

3 – Reeleito com quase 80% dos votos há menos de dois anos, o governador tem um colchão super king size de aprovação popular. Isso amortece eventuais desgastes.

Diante de tais escudos, empresários pressionam, estrebucham e anunciam o fim do mundo. É compreensível.

Mas há pouco a fazer. Resta esperar e torcer que os próximos boletins da Covid-19, que já matou mais de 7 mil no Estado, tragam melhores notícias.

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