De protagonistas a coadjuvantes: por que partidos perderam relevância

Da Coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta segunda/14:

A maioria tem dono, muitos estão esvaziados e alguns são cartoriais – só aparecem em tempo de eleição, para registro de candidaturas. A definição acima cabe em quase todos os partidos políticos – pequenos, médios e grandes. São 33 deles. Uns, envelhecidos pelo tempo. Outros, já nasceram velhos. Em comum têm o esvaziamento político e a pouca relevância. Tanto é assim que o prazo final para convenções partidárias desta quarta-feira (16/09) deve mostrar um cenário de disputa de prefeituras e câmaras municipais em que grandes siglas de outrora serão confirmadas em posição de coadjuvantes.

Onde e quando essa decadência começou? A resposta é multifatorial. Pode estar relacionada com a conquista do poder, seguida de acomodação. Ou o fato de não ter disposição para disputar mandatos – o que é uma grande contradição. O problema pode ser o dono, que prefere ver seu rebanho de filiados inchar, quantitativamente, sem preocupação com a qualidade de seus quadros. É uma pena, já que partidos políticos no Brasil são canais por onde, bem ou mal, escoa a democracia. As agremiações, nacionais e regionais, com as exceções de praxe, precisam ser oxigenadas e melhor conduzidas.

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