PMF: Economia com previdência pode ir para enfrentamento à pandemia

Prefeito de Fortaleza terá dificuldades na economia do município


A cada dia, a gestão José Sarto (PDT) acumula R$ 1,1 milhão a mais no déficit da previdência municipal, com projetados R$ 402,6 milhões no tamanho do rombo fiscal, somente neste 2021, se a reforma não sair. Para ilustrar: é dinheiro suficiente para manter o IJF durante 1 ano. A propósito de gastos previdenciários versus custeio de saúde, a base aliada pedetista na Câmara Municipal de Fortaleza resolveu apostar na seguinte narrativa: o dinheiro economizado com o novo sistema poderá ser canalizado para aquisição de vacina – inclusive, diretamente, junto a laboratórios, sem passar pelo ministério da Saúde -, assim como estruturar a campanha de imunização na Capital.

Esse é o primeiro ponto. Na esteira da vacinação, começariam a ser construídas as condições para que as escolas do Município voltassem a funcionar, com aulas presenciais. Isso porque estaria em linha de prioridade a inclusão da comunidade escolar, algo em torno de 200 mil pessoas – alunos, professores, funcionários etc. Ainda com recursos da sangria previdenciária estancada, a Prefeitura de Fortaleza pretende cumprir uma das mais caras (sem trocadilho) promessas de campanha: socorrer os mais impactados pela covid-19, nos grandes e inúmeros bolsões de necessitados que povoam a Cidade. A conferir. Mas não se pode dizer que a ideia não seja um bom ingrediente político.

Atual sistema despeja muito dinheiro para poucos
Vejamos como um sistema previdenciário totalmente público – qualquer que seja ele -, é cruel para o todo da sociedade que o sustenta. Na folha da PMF, há 26.593 almas dependuradas, assim divididas: 26.593 funcionários ativos e 17.441 inativos. Estes últimos, suborganizados em 14.134 aposentados e 3.307 pensionistas. O Município, com 2,6 milhões de habitantes, tem demanda reprimida em toda área que se possa imaginar, com o cobertor cada vez mais curto – e ainda por cima atravessando uma pandemia. Eis o tamanho da distorção.

Por enquanto, imagem é de recuo
O mantra de despejar dinheiro, que iria para a folha previdenciária, no combate à pandemia e seus efeitos, pode ter resultados mágicos sobre a gestão Sarto, se sair do mero plano das intenções. Por enquanto, o que se tem é a imagem de um Paço Municipal que teve de recuar, recolher a proposta e abrir diálogo com entidades e a própria oposição na Casa.

Sobre estratégias e decisões políticas
Se a reforma da previdência não sair ao longo do mês de março, a gestão pode ser prejudicada, junto a financiamentos e repasses financeiros. Associar a aprovação ao combate à pandemia pode ser um movimento político para sair das cordas. Assim como pode ter sido uma decisão política deixar a previdência para 2021, um ano ímpar, sem disputas eleitorais.

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