CPI e Bolsonaro: saldo negativo e sinais preocupantes

Renan já teria elementos para relatório contundente / LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO

A CPI da Covid está programada para durar 90 dias – quase 13 semanas, das quais somente duas se passaram até agora. Ainda há pela frente, portanto, muitos depoimentos, bate-bocas e baixarias, assim como colheitas de evidências – ou não – de eventuais responsabilidades políticas e judiciais do governo Bolsonaro no manejo da pandemia. Mas, tomando-se como base o que já foi ouvido e visto até aqui, os trabalhos começaram muito bem para a oposição e muito mal para o governo. Assessoramento paralelo no Palácio do Planalto, tentativa de fraudar bula da cloroquina e a comprometedora carta da Pfizer às autoridades brasileiras são somente parte do problema.

Para além destes elementos concretos, os sinais menos tangíveis, emitidos pelos aliados, são ainda mais preocupantes. A começar pelo posicionamento pouco aguerrido na CPI. Em menor número, a defesa do governo tem dificuldade em se contrapor à narrativa que está sendo construída, segundo a qual, de duas, uma: ou Bolsonaro foi omisso por incompetência ou não atuou de caso pensado, dentro de uma estratégia traçada, para se alcançar a tal imunidade de rebanho. Isso, às custas de centenas de milhares de vidas humanas brasileiras. Some-se a isso a verborragia de baixo calão do presidente e companhia contra a CPI e a rota de fuga do ex-ministro Eduardo Pazuello.

Tem cearense no Conselho da ABI
O Ceará tem, desde esta quinta-feira (13), assento no Conselho Deliberativo da centenária Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com a posse do jornalista Salomão de Castro, presidente da entidade em nível de Estado. É uma conquista, haja vista ser a ABI, historicamente, dominada por profissionais do Rio de Janeiro. No Nordeste, somente dois estados – o outro é Pernambuco -, conseguiram o feito. Em tempo: a ABI mantém inflamado discurso pela liberdade de expressão. Apoiado. Mas deveria dar o bom exemplo e se permitir democratizar, com vozes de todo o Brasil.

E assim se passou um quarto de século
Os 25 anos da urna eletrônica, comemorados esta semana, é um marco na linha do tempo democrático do País. Velho conhecido de pelo menos duas gerações de eleitores brasileiros, o sistema segue firme, forte, seguro e auditável. Nosso modelo de votação e apuração é reconhecido mundialmente. À exceção dos obtusos plantonistas do atraso.

As paredes como testemunhas
O edifício Deputado Adauto Bezerra, sede do Poder Legislativo no Ceará, fez 44 anos nesta quinta-feira (13). Como bem metaforizou o presidente da Casa, Evandro Leitão (PDT), o prédio “é testemunha de uma história recente do Ceará”. Sem dúvidas. Não foram poucos os embates, acordos, votações, alegrias e surpresas ali vividos, frutos dessa coisa chamada democracia.

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