Aberta a temporada de orçamentos

Da coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta sexta/3:

Peça legal compreende todas as receitas e despesas das gestões públicas / Reprodução

Mesmo aqui e ali apelidados de “peças de ficção”, orçamentos públicos costumam moldar gestões. Afinal de contas (sem trocadilho) é lá onde começa e termina toda a esteira contábil e financeira de governos – receitas, despesas, revisões, cortes, remanejamentos, suplementações etc – que moldarão a cara e o ritmo de administrações. Neste segundo semestre, todas as casas legislativas – câmaras, assembleias e congresso – estão debruçadas sobre montanhas de números, cifras e siglas. O suado contribuinte, que banca tudo, deveria acompanhar muito mais de perto. Fica a dica.

Promessas não cumpridas
A propósito de orçamentos públicos, não são raros acordos políticos irem por água abaixo, na hora da entrega de resultados. Ou melhor, de promessas que não se cumprirão. Ávidos por mais recursos, prefeitos municipais estão no seu legítimo papel de sempre buscar e cobrar mais verbas para suas respectivas cidades. Pior são os que não correm atrás de quem pode ajudar.

Resultado aparece nas urnas
O problema das promessas de mais recursos orçamentários é a alta expectativa, tanto de quem ficou de entregar quanto de quem ficou de receber. Deputados, de maneira geral, têm muita dificuldade de dizer “não” a prefeitos. Já há parlamentares preocupados com a frustração dos gestores locais. Todos sabem que a resposta costuma vir de forma impiedosa, na eleição seguinte.

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