Formato de apresentações e debates entre pré-candidatos governistas veio para ficar

Da Coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta quarta/22:

Atual condomínio partidário, hegemônico no Estado, tentará seguir no Palácio da Abolição /Ascom/GE

Tempos políticos não são marcados no calendário – tal qual é definido o cronograma de pleitos pela legislação eleitoral. É algo que diz muito mais respeito ao instinto e poder de dedução, a partir da observação atenta, do que a fases e ciclos preestabelecidos. Não escritas, são regras que mudam com as próprias variáveis de disputa do poder. Por isso mesmo é um talento presente em poucos – entre eles os líderes do principal condomínio partidário, atualmente hegemônico no Ceará. Obviamente, não é somente empirismo nem tão pouco a frieza de pesquisas de cenário. É o equilíbrio entre o que a ciência pode oferecer e o que o talento político nato não deixa escapar.

Os inúmeros sinais estão por aí, em cerca de trinta anos de vida pública ou mais, se considerarmos a origem familiar. De lá para cá, muitas gratas revelações políticas e exitosos resultados de gestão o mantiveram no poder. Para isso, foi preciso profissionalismo nas relações, sangue frio nas decisões e capacidade de aglutinar aliados e arrebanhar votos. Mas nada é imutável. Com mais um ciclo batendo à porta, as estratégias também mudaram. Desde 2018, uma nova fórmula – debates entre pré-candidatos -, passaram a fazer parte da programação do grupo. Em 2022 não será diferente, algo que, pela dinâmica e exigências dos atuais tempos políticos, é algo que veio para ficar.

Exposição positiva e critério de desempate
Além de simpática, politicamente, fazer debates com pré-candidatos é uma iniciativa enriquecedora, sob todos os aspectos. Expõe, positivamente, os talentos do grupo, amplia o alcance de conhecimento público e, em tese, coloca em pé de igualdade todos quantos tenham pretensão em ser alçado à condição de candidato. Mas uma lógica não muda: ninguém é candidato de si mesmo. Aqui e alhures, ter uma eficiente articulação interna e conexões com a cúpula decisória pode fazer a grande diferença – ou pelo menos ser um dos mais importantes critérios de desempate.

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