Os simbolismos da viagem de Camilo

O governador cearense, durante ato oficial sobre hidrogênio verde, na Holanda/Ascom/Governo do Ceará

A viagem do governador Camilo Santana (PT), de uma semana, à Europa, merece pelo menos três comentários. O primeiro diz respeito à agenda oficial em si, que fortalece o Ceará em rotas aéreas (França), os acordos de projetos de energia renovável (Holanda) e a presença na cúpula mundial do clima (Escócia). A vice-governadora, Izolda Cela, foi tratar de educação (Portugal). Como se vê, são áreas que dizem respeito, muito diretamente, ao presente e ao futuro do Estado. 

O segundo ponto é o aspecto pedagógico. Em reta final de mandato – considerando-se a provável renúncia/desincompatibilização do petista no início de abril próximo, para adquirir condições legais de disputa ao Senado -, o governador segue, freneticamente, não somente colhendo frutos, mas principalmente, plantando safras. Isso é relevante, num País em que a cultura política do resultado a curtíssimo prazo e da foto na inauguração é o que move egos e obsessões. 

Por último, a viagem de Camilo e Izolda fez chegar à cadeira de governador o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT). Com um bem montado cronograma de entrega de obras e demais atos de gestão debaixo do braço, o pedetista correu as regiões do Ceará, articulando apoios para a batalha interna que se apresenta no horizonte do grupo a que pertence. O páreo será duro. Mas Evando está no jogo.

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