Bandeira em defesa dos mais frágeis não tem cor partidária

Caso Enel/provedores uniu parlamentares de diferentes grupos políticos / Reprodução

Já disseram quase tudo sobre o que é e para que serve a política. Aí vai mais uma: presta-se a tentar equilibrar forças econômicas e outras dinâmicas que atuam no cotidiano. Ainda mais em ano eleitoral. Vejamos o caso Enel/provedores de internet. Nos últimos dias, houve intensa mobilização de parlamentares contra a polêmica tentativa de cobrança de tarifa pelo uso compartilhado dos postes de energia. O valor poderia chegar a até R$ 75,00 por ponto – o que acarretaria, num efeito cascata ladeira abaixo, até 70% de reajuste no valor do plano. Pois bem. Depois de muita grita, no Ceará e Brasília, a empresa recuou e uma comissão foi criada, para debater o tema e encaminhar soluções.

Um dos parlamentares que se mobilizaram, o deputado federal Danilo Forte (PSDB) comemorou a suspensão da cobrança. Para ele, a taxa anunciada pela distribuidora seria uma sentença de morte para diversos provedores pequenos, que atuam em locais pelos quais as grandes operadoras não se interessam. “Isso criaria um deserto digital, com regiões sem acesso à internet e, consequentemente, sem acesso à educação, à cultura, ao lazer e aos negócios”, disse o tucano. O também deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) saiu em defesa dos empreendedores digitais no Ceará, assim como o deputado estadual Acrísio Sena (PT), na Assembleia Legislativa. Notem que Danilo, Eduardo e Acrísio são de grupos políticos diferentes. Mas a causa foi comum aos três.

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