Capitão Wagner acusa o golpe das cobranças?

Pré-candidato trocou farpas com governistas / Agência Câmara

Licenciado, desde esta terça-feira (15), do mandato de deputado federal, pelos próximos quatro meses, o pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner, disse precisar de “dedicação em tempo integral para ouvir os cearenses” e construir um plano de governo. Faz sentido. Wagner afirma estar confiante de que comandará o União Brasil no Ceará. É possível. O suplente Nelho Bezerra, de Iguatu, assumiu o mandato. Tudo bem. 

O que chamou mesmo a atenção no despacho de imprensa do pré-candidato foi a síntese da atuação dele em Brasília. Através da assessoria, Capitão Wagner afirmou, entre outros pontos, ter destinado mais de R$ 135 milhões em recursos para o Ceará; citou uma MP relatada por ele sobre apreensão e leilão de bens oriundos do tráfico e uma articulação que beneficiou pescadores. 

Nos últimos dias, Wagner, conhecedor de segurança pública, trocou farpas com alguns membros da cúpula governista estadual sobre propostas e recursos federais para a área. Foi um bom esquenta do que deverá acontecer no fervor da disputa. Agora, o pré-candidato, ao informar a licença do mandato, aproveita para ressaltar a atuação dele nos últimos anos. 

Experiente, o deputado licenciado sabe que as últimas críticas foram somente uma amostra grátis do que virá, nos próximos meses. Então, fica a pergunta: ao empacotar o anúncio da licença com o mini balanço de seu mandato, Wagner está somente prestando contas de sua atuação ou, de fato, acusou o golpe e se prepara para o embate que virá?

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