Sobre vice e suplência na base governista cearense

Vagas a substitutos imediatos de Izolda e Camilo são cobiçadas por aliados / Divulgação

Poucas vezes na história recente da política cearense os olhos dos aliados ficaram tão arregalados para o posto de candidato a vice-governador ou suplente de senador na chapa majoritária governista. E com razão. Atual governadora, a pedetista Izolda Cela, na hipótese de ser ela a candidata do partido e, também, supostamente, ser eleita em outubro vindouro, teria pela frente somente quatro anos na chefia do Executivo. Ou seja, quem for vice-governador, nesse cenário, terá o caminho mais curto, a partir de janeiro de 2023, para ascender ao comando do Palácio da Abolição. Na prática, passará quatro anos fazendo campanha para 2026.

O mesmo vale para a suplência do pré-candidato ao Senado, petista Camilo Santana. O ex-governador parte como franco favorito para ocupar a cadeira onde senta, atualmente, Tasso Jereissati, cujo mandato vai até o final do ano. O raciocínio é meio longo, mas vale o esforço: caso Camilo chegue ao Congresso e o PT volte ao Planalto, o suplente será virtualmente senador da República. Isso porque, nos cálculos de aliados, o titular poderá ser puxado para a Esplanada dos Ministérios.

As duas possibilidades acima explicariam o hercúleo esforço que aliados vêm fazendo para indicarem a candidatura a vice-governador e suplência ao Senado. Inclusive porque sequer precisariam fazer campanha. Em circunstâncias normais, só se pede voto para o titular. Ou como diz a jocosa lembrança: não existe nem escola nem rua batizada com nome de vice, suplente ou ex.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *