Prazo para jovem tirar título de eleitor vai até hoje, mas desafio apenas começou

Aparente desinteresse do jovem pela política merece atenção / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Encerra-se hoje, 4 de maio, o limite do tempo para que jovens de 16 anos completos até 2 de outubro – 1º turno das eleições – aos 18 de idade incompletos tirem o título de eleitor. O voto é facultativo nesta faixa etária. Depois disso – até os 70 –, é obrigatório. Uma campanha de mídia on e off line, com algumas celebridades e outras nem tanto, ajudou a empurrar um grande contingente desses novos eleitores para os guichês e aplicativos. A Justiça Eleitoral está com boa expectativa sobre a quantidade de alistamentos da população com esse perfil. Mas isso não é tudo.

Muito provavelmente, essa foi a mais fácil e exequível fase de um longo desafio. O Brasil precisa se debruçar sobre o que pensa e o que quer a atual juventude. Não é normal que a rebeldia e a mobilização, próprias dessas tribos de outrora, tenham dado lugar à apatia e indiferença. Estudos e muita conversa, dissecando suas aspirações e inquietações sobre o presente e o futuro, educação e mercado de trabalho, por exemplo, podem levantar pistas.

Igreja, família e outras instituições podem reforçar esse time. Entidades políticas – mesmo os carcomidos partidos –, podem ajudar. O que não dá é para fixarmos o suposto estigma da aversão dos atuais jovens à política, somado ao isolamento das bolhas, como explicações e, daí, considerarmos que tudo vai bem. Não vai. Título na mão não é tudo. É somente o começo.

Saúde em alta
Em Brasília, deve ser votado hoje o projeto de lei que institui o piso nacional da enfermagem. Não é demais lembrar que estes foram guerreiros e guerreiras que mais se expuseram aos riscos mortais da covid-19. Muitos, inclusive, quedaram ao longo da batalha. “Esse projeto, sem sombra de dúvida, é um agradecimento a esses homens e mulheres que trabalham de sol a sol em defesa da saúde dos brasileiros. Sem eles, o nosso tão querido Sistema Único de Saúde seria apenas uma ilusão vazia”, diz o deputado federal Danilo Forte, defensor da matéria. Enquanto isso, a gestão do prefeito Sarto Nogueira (PDT) avalia a regulamentação do plano de cargos e carreira de biomédicos. Luta de onze anos, o plano já existe em todas as capitais do Nordeste.

Os soldados do Capitão
O deputado estadual Soldado Noélio tem o apoio explícito do pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner, para a Câmara dos Deputados. O vereador Sargento Reginauro tem igual simpatia do governamentável para a Assembleia Legislativa – no vácuo eleitoral deixado por Noélio. Já o também vereador Inspetor Alberto é ventilado para disputar o Senado.

Depende do ângulo de visão
Sem entrar no mérito dos índices da última pesquisa para o Abolição, o grupo governista pode ter motivos de alegria ou de preocupação – dependendo do ângulo de visão. Não há como negar que a governadora Izolda Cela pontua bem, para quem está há um mês na cadeira. Na outra ponta, o ex-prefeito Roberto Cláudio mostra competitividade. Façam suas apostas.

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