Prestes a entrar, pela 3ª vez, na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil) vem repaginado.
Especialista em segurança pública e professor, o ex-deputado federal vai se apresentar, também, como gestor.
Wagner é secretário da Saúde do rico município de Maracanaú, onde vem apresentando notável desempenho.
Essa é a principal diferença de Capitão Wagner, em 2024, se comparado a anos eleitorais anteriores.
O pré-candidato é estudioso e aplicado. Politicamente, é visto como conciliador e, experiente, manda bem em debates e entrevistas.
O político controla, no Ceará, o União Brasil, a terceira maior bancada eleita em 2022, na Câmara dos Deputados.
Isso significa muito dinheiro do fundo eleitoral e tempo no rádio e TV na campanha eleitoral.
Gargalos
Esse perfil colocará Capitão Wagner no provável 2º turno da sucessão do prefeito José Sarto (PDT)?
A olho nu, sim. Mas há muitas variáveis, entre as quais algumas decisivas.
Wagner deverá sofrer, novamente, com a pecha de bolsonarista, embora tenha se afastado da bolha direitista.
O pré-candidato do União Brasil precisa expandir e capilarizar mais sua equipe de elaboração de ideias e propostas para a Cidade.
Restrição partidária
Não há forças políticas em Fortaleza disponíveis, para compensar as recentes perdas partidárias de Wagner.
Para lembrar: em 2020, o então deputado federal entrou no páreo filiado ao PROS, em uma coligação que contou com o apoio de outros oito partidos.
Ei-los: Republicanos, Podemos, PSC, PMB, PMN, PTC, DC e Avante.
A dificuldade política deverá se apresentar já na escolha do candidato a vice-prefeito.
Recall
Para finalizar, Wagner tem muito recall – o pré-candidato é tradicional líder de pesquisas, no início do pleito.
Mas, também, sempre ficou pelo caminho, em disputas majoritárias.
A história da política está cheia de eternos favoritos e sempre perdedores.