Desenvolver uma nova estratégia de segurança pública para o Ceará está na ordem do dia, neste 2024. E não é por ser este um ano eleitoral.
Processos políticos são cíclicos. Governos vão e vêm. A vida humana, porém, é única. Depois de ceifada, jamais volta.
É profundamente lamentável balanços anuais de homicídios acompanhados de contorcionismos verbais.
A frieza dos números e índices não pode seguir jogando para o segundo plano o debate que se impõe há anos – talvez, décadas.
A boa notícia vem do governo Elmano de Freitas (PT). Na semana passada, o chefe do Executivo anunciou uma série de medidas na área.
Entre elas, reuniões com os prefeitos de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Maranguape.
O objetivo é implementar parcerias entre o Estado e os municípios que apresentam os maiores índices de violência do Ceará.
São aguardadas ações de iluminação pública, reforma de praças e presença de guardas municipais, articuladas com a atuação da Polícia Militar e Polícia Civil.
Um bom plano, integrado e implementado a várias mãos, pode ser o caminho. A realidade mostra que gastar, cada vez mais, ajuda, mas não resolve o gargalo.
Também colabora muito pouco a mistura entre segurança pública e disputa eleitoral.
Isso vale para todos.