A política e o populismo nosso de cada dia
O significado do termo é controvertido, mas populismo quer dizer, grosso modo, prática política que apela para o apoio popular e eleitoral – em geral, de forma inconsequente.
O populismo é irmão siamês da demagogia – uma degeneração da democracia -, e está presente tanto na direita quanto na esquerda. Um é pior do que o outro.
Nos tempos atuais, governos, de forma geral, têm-se pautado por essa prática danosa. No Brasil, está presente tanto nos Executivos – nos três níveis -, quanto nos parlamentos.
É a clássica imagem de gestores que decidem com pesquisas de opinião debaixo do braço. Sempre de olho no próximo pleito, populistas não hesitam em sacrificar o futuro, em nome do presente.
Vejamos o caso do populismo lulopetista. Eleito sob a promessa de colocar as contas em ordem, o presidente da República já disse, textualmente, que déficit público zero fica para depois.
O populismo de esquerda, no qual o consumismo desenfreado é bancado, direto ou, indiretamente, pelos próprios governos, é uma conta que nunca fecha.
Bancar popularidade política com orçamento público é dançar valsa no abismo. Nunca haverá política econômica ou fiscal suficientes. Ao contrário do que muitos pensam, governos também quebram.
Para ler os códigos da política
Esqueçam a política colaborativa, em que a oposição faz críticas construtivas ao governo e este, imbuídos dos melhores propósitos, efetua as devidas correções.
Estamos vivendo tempos difíceis, em que ambos os lados praticamente não se comunicam para o bem comum.
Daí ganham força velhos códigos. Assim, se a oposição critica iniciativas do governo, é porque devem ser boas. Exemplos: Réveillon de Fortaleza, Passe Livre e investimentos na periferia.
Isso, para ficarmos somente no âmbito da gestão José Sarto (PDT).