A consolidação de Wagner e o impasse entre Roberto e Elmano

Capitão Wagner é candidato ao Abolição pelo União Brasil / Divulgação

A última pesquisa de intenção de voto disponível na praça, retratando a corrida rumo ao Palácio da Abolição, mostra Capitão Wagner (União Brasil, 38%) consolidado na liderança e Roberto Cláudio (PDT, 25%) e Elmano Freitas (PT, 24%) em empate técnico – quase numérico. As perguntas que devem estar martelando os comitês: CW já está no 2º turno? Estando, quem estará com ele, RC ou EF?

Ninguém sabe. Mas há sinais de que PDT e PT trabalhem com a hipótese de que o candidato do União Brasil esteja com o passaporte carimbado rumo ao segundo round. É o que explica a animosidade crescente entre pedetistas e petistas, conforme estamos vendo. Quem estiver de pé no dia 2 de outubro segue na briga. Simples.

Mas há um grave impasse, tanto para Roberto quanto Elmano. Ex-aliados, ambos têm a extrema necessidade de se diferenciar um do outro. Em situações assim, há basicamente, duas opções: mostrar grandes diferenciais propositivos entre si ou partir para o ataque, tentando desconstruir o oponente.

Dá para fazer os dois? É possível. Mas sempre é complicado. Isso envolve narrativas muito específicas, com base em um programa de governo bem elaborado, com propostas encantadoras, misturadas a terceirização de ataques – os famosos candidatos laranjas -, e tempo hábil para colher os resultados. Roberto e Elmano dispõem dessas condições?

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