“O Elmano é um cara encaminhativo; ele vai cobrar”

Próximo governador tem pegada ideológica / Robyson Alves

Nas gestões, privadas ou públicas, é batata: o perfil do chefe dá a cara, tom e ritmo do que acontece ou deixa de acontecer. Com essa premissa, este colunista jogou a rede nos bastidores e entorno do próximo governador, Elmano Freitas (PT). Na média das impressões e expectativas arrastadas das fontes, pode-se esperar uma administração estadual com metas claras e objetivos bem definidos.

“O Elmano é um cara encaminhativo; ele vai cobrar”, afirma um petista raiz, como mostram a informalidade com que se refere ao futuro chefe do Executivo e o neologismo para definir a dinâmica de trabalho do companheiro de partido. A opinião é semelhante à colhida no ambiente da Assembleia Legislativa, onde Elmano está concluindo o segundo mandato de deputado estadual.

De poucas palavras no ambiente privado de atuação, segundo relata outro observador, “o petista deverá manter o pique do atual governo e alta expectativa na entrega de resultados”. Do interlocutor: “Ele cobra com o olhar”.

Por que essas e outras percepções são importantes? Simples. Com uma pegada ideológica, o próximo governo terá de equilibrar essa pecha com o pragmatismo exigido pela condução de uma máquina pública – como a cearense -, com as complexidades e desafios que tem pela frente.

Os contras e prós de um governo de continuidade
Por óbvio, é muito mais fácil, politicamente, tocar um governo de continuidade. É isso o que justifica, inclusive, o esforço do grupo político que está no poder em fazer o sucessor. Em tese, é para haver clima de cordialidade na transição e baixo custo de aprendizagem. Muitos fatores conspiram a favor. Mas nem tudo são flores. Comparações – algumas, injustas -, são inevitáveis. O desfio de construção de uma marca própria, idem.

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