Lições sobre o novo e o velho na política

O Palácio do Planalto, sede do Governo Federal / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Lideranças políticas devem vender o amanhã melhor do que o hoje. No sentido amplo, funcionam como espécie de faróis, que iluminam os caminhos dos liderados. Em termos mais restritos, é a velha e conhecida lição do marketing político: a cura da dor.

Tanto é assim que uma das primeiras tarefas em campanhas eleitorais é identificar os gargalos do distinto público. Na sequência, é apresentado quem tem condições de solucionar os tais problemas. Portanto, fazer política é olhar para o futuro. Quando esse para-brisas simbólico é trocado pelo retrovisor, mais cedo ou mais tarde, algo dará errado.

Os tempos são outros, as percepções mudam. Com isso, altera-se o movimento pendular entre anseios e satisfações pessoais e coletivas – já não são os mesmos. Nesse contexto, governos do tipo tendem a envelhecer muito mais rapidamente.

Outro grande desafio é a dificuldade de geração de novas lideranças no mesmo grupo político. A própria necessidade de o velho substituir o que seria o novo evidencia a deficiência. Também fica muito flagrante a capacidade de inovação.

Vejamos a situação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Preso ao passado, está refém de programas de governo da primeira metade dos anos 2000, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa/Minha Vida, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Mais Médicos e Farmácia Popular, entre outros.

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