Como China usa Brasil na estratégia da nova geopolítica mundial

Inclusão de seis membros foi definida esta semana / Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir de janeiro de 2024, os Brics passarão dos atuais cinco membros – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, para onze. Vêm aí Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

O Brasil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou no discurso da autodeclarada demanda de uma nova ordem mundial, multilateral e multipolar. Não é bem assim.

A China será a grande vencedora da inclusão de mais países em desenvolvimento. Significará mais mercado e abundantes fontes de petróleo, no curto prazo, e domínio financeiro, político e cultural, no longo.

Ao Brasil, teria sido prometido o apoio do gigante asiático para uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Não é bem assim, parte 2.
Além dos chineses, lá estão americanos, russos, franceses e britânicos – todos e cada um com poder de veto.

Assim como o Brasil, querem entrar no seletíssimo grupo a Índia, Japão e Alemanha. É ponto pacífico que ou entram os quatro ou todos seguem de fora.

Quais as chances de a China aceitar a Índia ou o Japão? Zero. Esse é somente um dos vários cenários demonstrativos de como a diplomacia brasileira está sendo usada por Pequin – de forma consciente ou não,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *