Eduardo Bismarck costura acordo elástico e deverá coordenar bancada

Pedetista está no 2º mandato e já liderou colegiado / Billy Boss/Câmara dos Deputados

Assíduo, aplicado, habilidoso e com poucas arestas dentro e fora da bancada de deputados federais e senadores do Ceará.

Com esse perfil, colhido junto a interlocutores, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) deve coordenar a bancada do Ceará em Brasília, em 2023.

O colegiado é liderado, atualmente, por Júnior Mano (PL). A decisão deverá ser oficializada após o Carnaval.

Advogado, Eduardo está no segundo mandato. É filho do prefeito de Aracati, Bismarck Maia.

Funções
Cabe ao coordenador da bancada, entre outras funções, como o nome sugere, aglutinar os interesses do Estado na Capital Federal.

O período de maior evidência no posto é na reta final do ano, quando o Congresso Nacional define a alocação de emendas parlamentares.

Nesse período, o coordenador funciona como espécie de mediador, entre os interesses do governo do Estado e as bases eleitorais dos congressistas.

Obras estruturantes do Executivo costumam ir à mesa. Entram nas negociações os dois tipos de emenda – individuais e de bancada.

Há, portanto, muita aderência das atribuições do coordenador de bancada à planilha de obras do Executivo Estadual.

Isso explica, inclusive, o legítimo interesse do Palácio da Abolição no processo de escolha do líder em questão.

Articulações
A deputada federal Luizianne Lins (PT) chegou a se habilitar ao posto.

Para isso, a petista contaria com a força do governador Elmano de Freitas (PT), de quem é muito próxima, politicamente.

Luizianne também contabilizava o apoio do líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Nobre Guimarães (PT).

Já Eduardo Bismarck montou uma articulação mais elástica. Além do apoio do próprio PDT, puxou o União Brasil, PSD e PL.

Elmano teria preferido a neutralidade, segundo fontes com quem esta Coluna conversou. Motivo: potencial de ruídos políticos.

Eduardo já coordenou o grupo parlamentar, na primeira metade da legislatura passada. Isso também teria pesado a favor dele.

Acordo
A operação pró-Eduardo Bismarck passou por um acordo na própria bancada.

Pelo costurado, a coordenação funcionará em formato de rodízio nos próximos anos.

Os coordenadores serão escolhidos nesta sequência: PDT (2023), União Brasil (2024), PSD (2025) e PL (2026).

Ampliação
As conversas ainda prosseguem. Embora com assinaturas suficientes, Eduardo quer ampliar a quantidade de apoios formais.

O ideal, algo, por ora, remoto, seria a unanimidade – o que tiraria o PT do isolamento.

Ter o apoio de todos seria, por óbvio, um bom sinal para a espinhosa missão que aguarda o pedetista.

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