Jade Romero e o MDB no Governo do Estado

Jade Romero e o MDB no Governo do Estado

Elmano de Freitas está indo à China / Reprodução do Instagram

Nesta terça-feira (11), faz, exatamente, 101 dias que o então governador eleito em outubro de 2022, Elmano de Freitas (PT), tomou posse como novo chefe do Executivo.

Ali, no dia 1º de janeiro, era virada uma importante página na política do Estado: uma mulher, Izolda Cela (sem partido), entregava as chaves do Palácio da Abolição ao sucessor.

Mas elas estão de volta – agora simbolizadas pela vice-governadora do Estado, no exercício do mandato, Jade Romero (MDB).

A transmissão de cargo deu-se em função da viagem do titular à China, na comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Secretária Estadual das Mulheres, Jade vai ficar no comando até o próximo final de semana, para quando está previsto o retorno do petista.

A chegada de Jade Romero ao topo do poder político do Estado deu-se por linhas tortas, por um desses alinhamentos que somente a política é capaz de gerar.

Na campanha do ano passado, a ex-secretária executiva dos Esportes do Ceará substituiu, na chapa encabeçada por Elmano, a fisioterapeuta Renata Almeida (MDB).

Recordar é viver
Indicada pelo presidente do partido no Estado – o hoje deputado federal Eunício Oliveira -, Renata deixou a disputa após série de polêmicas – inclusive nas redes sociais.

A propósito de fatos envolvendo o MDB na chefia do Executivo Estadual, o último nome do partido a ir para o Diário Oficial como governador do Estado foi Domingos Filho.

Era o primeiro semestre de 2013, quando o então governador Cid Gomes (PDT) viajou ao Exterior. Portanto, há uma década.

Depois, em 2014, veio a tentativa de eleição de Eunício – perdeu para Camilo Santana (PT).

Vontade e inspiração
Assim, Eunício, que sempre sonhou – há quem diga que a vontade ainda existe – em ser governador, vê, agora, a indicada com a caneta na mão.

Já Domingos Filho – atualmente, presidente estadual do PSD -, candidatou-se a vice-governador no ano passado, na chapa do PDT. Chegou em terceiro lugar.

Foi o destino que quis que dois dos mais experientes políticos do Estado tentassem – e não conseguissem -, enquanto uma mulher é hoje governadora?

Não, amigos e amigas! Isso se chama história.

Voltando à Jade. Em regra, figuras de vice são discretas, colaborativas, politicamente, e seguem a cartilha previamente alinhada com o titular.

Independentemente dessa dinâmica, a governadora do Estado, que tem perfil de lutas políticas pelas pautas femininas, entra para a marcante galeria.

Certamente, não será a primeira vez que Jade assumirá o comando do Estado – o que poderá servir de inspiração para que, cada vez mais, outras mulheres cheguem lá.

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