Meio ambiente e carro a combustão contradizem PT
A semana política chega ao fim com, pelo menos, duas grandes contradições do governo Lula. Vistas no conjunto, mostram como o Palácio do Planalto tenta priorizar um modelo de desenvolvimento econômico velho e ultrapassado, em detrimento das maravilhas vendidas na campanha eleitoral.
Meio Ambiente. Comandado pela ex-petista, dissidente e, agora, neoaliada Marina Silva, o ministério está em vias de ser derrotado em uma questão central e muito cara à imagem do Brasil lá fora: exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá.
Trata-se de um desmonte do programa de governo levado aos palanques e debates televisivos, poucos meses atrás.
Indústria. O governo lançou, nesta quinta-feira (25), o que na teoria promete ampliar o acesso da população a automóveis. Para isso, está sendo montada uma série de incentivos, isenções e linhas de financiamento à indústria. É um claro sinal à classe média baixa, que tenta se livrar do transporte público.
A ideia em si é boa. Mas o pacote abarcará o clamor dos tempos atuais, no que diz respeito à sustentabilidade e transição energética? Ou, pela lógica do carro menos caro, a combustão e analógico, o pacote estará contribuindo para transformar o Brasil em um cemitério tecnológico?
Isso a campanha eleitoral do PT não mostrou.