Para onde vai a centro-direita nas eleições em Fortaleza

Capitão Wagner é pré-candidato pelo União Brasil / Divulgação

Os processos políticos acontecem a partir de variáveis – mais ou menos decisivas. Uma delas, no Brasil atual, é o espectro político. Há, basicamente, dois: centro-esquerda e centro-direita. O centro, propriamente, não existe.

Em Fortaleza, deveremos ter duas candidaturas fortes, de centro-esquerda, ligadas aos palácios do Bispo e da Abolição. A pergunta é: e do outro lado, na centro-direita, qual será o desfecho?

Capitão Wagner (União Brasil), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo) são nomes que se colocam para o jogo. Mas todos disputarão o mesmo voto do fortalezense – assim como as duas candidaturas palacianas. Há diálogo entre UB, PL e Novo, mas é incerto isso avançar, concretamente, para uma chapa.

Não há muito o que discutir. Se não houver uma espécie de frente de centro-direita, juntamente com outras forças políticas menos expressivas, num só palanque, poderemos ter uma disputa, provavelmente em dois turnos, entre os grupos hoje alojados na Prefeitura de Fortaleza e no Governo do Estado.

Tanto isso é verossímil que muitos aliados da gestão Sarto e do governo Elmano agem e sinalizam com a expectativa de que haverá um confronto direto entre postulantes da centro-esquerda. Repetindo: se for em dois turnos.

Centro-esquerda marchará desunida

Fusca vermelho: Lula, Luizianne e Elmano / Reprodução

Enquanto a centro-direita em Fortaleza está em compasso de espera, a centro-esquerda movimenta-se, intensamente. Inclusive, com lances que apontam para um animado cenário interno.

Um bom exemplo disso foi o lançamento da pré-candidatura de Luizianne Lins (PT), anunciada neste último final de semana.

Como se sabe, o staff do PT no Estado tem outros planos de candidatura na Capital. O mais cotado é o presidente da Assembleia, Evandro Leitão.

O voto de Zanin contra Zambelli

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, deveria ter se declarado impedido na votação em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) virou ré no caso da perseguição armada a um homem negro na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

O episódio é visto como crucial para a derrota de Bolsonaro para Lula. E Zanin só é ministro, indicado pelo presidente, porque foi esse o resultado. Não é um bom sinal quando autoridades não se sentem nem um pouco desconfortáveis com certas situações.

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