O cirismo disputa com o lulopetismo o protagonismo da centro-esquerda no Brasil. Foi assim em 2018 e deverá ser em 2022 – com uma eleição municipal no meio.
No jogo de xadrez que está sendo jogado, Lula acenou para Ciro, no âmbito nacional, enquanto Ciro sinalizou aliança com o PT, em Fortaleza, neste 2020.
Ao gesticular para Ciro, o lulopetismo quer ser o carro-chefe antibolsonarista em 2022, tendo Lula como estrela maior.
Já em Fortaleza, ao acenar para uma aliança com o PT, Ciro pretende galvanizar para si a simbologia de uma eventual vitória sobre o bolsonarismo em seu berço político.
Também de olho em 2022.
Em entrevista ao jornalista Mino Carta (assista aqui), poucas horas depois de defender aliança com o PT, Ciro mandou os “fanáticos do lulopetismo” para a PQP – por extenso e em bom áudio.
A centro-esquerda tem muitas histórias de derrotas para contar, sempre que o umbigo falou mais alto do que o perigo do inimigo comum.
Então, fica assim: com a reação de Ciro, a aliança nacional PT-PDT, que já era improvável, para 2022, andou algumas casinhas para trás.
Já a pré-candidatura de Luizianne Lins – anticirista -, em Fortaleza, andou algumas casinhas para frente.