O que as ministeriáveis Izolda e Tebet têm em comum

A governadora do CE e a senadora do MS / Divulgação/Montagem

Perdeu força a indicação da governadora Izolda Cela (sem partido) para a chefia do Ministério da Educação. O mais cotado é o futuro senador Camilo Santana (PT).

Também está em descrédito a ida da senadora Simone Tebet (MDB) para a Esplanada dos Ministérios de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em momentos diferentes da campanha eleitoral e em níveis e estilos também distintos, Izolda e Tebet pediram voto para o próximo presidente da República.

O consultor Leonardo Bayma, em entrevista à TV Otimista

Mas não é isso o que alinha as duas políticas, quando a questão é ser titular de pastas federais. É a velha, conhecida e decisiva questão partidária. Vamos lá.

Eis o ponto, em síntese – está detalhado abaixo: Izolda não é filiada ao PT e Tebet não tem força suficiente no MDB para se bancar.

Sem filiação
O próximo governo – que ninguém sabe, exatamente, quantos ministérios terá -, foi esquadrinhado entre partidos e a cota pessoal de Lula. Fala-se em até 35 postos do tipo.

A parte que nos interessa aqui aponta entre 12 e 15 ministérios para a federação PT-PcdoB-PV; o MDB deve indicar entre dois e três nomes.

Não sendo – sem trocadilho -, petista de carteirinha, Izolda não teve como ser contabilizada na lista da federação. Foi onde entrou o filiado Camilo.

Isso explica porque Lula convidou o ex-governador e este, em princípio, abdicou, em nome da aliada. A sugestão não foi acatada. Daí Camilo voltou a ser cotado.

Sem musculatura
Um pouco mais complicado, o caso Tebet remete à ideia da governabilidade, para a qual Lula vê o MDB como imprescindível.

A senadora não tem ascendência na cúpula emedebista nem grupo com musculatura para enfrentar os caciques. Essa lenga-lenga arrasta-se desde a indicação dela a candidata.

As indicações do MDB passam pelos líderes Renan Calheiros (Senado) e Isnaldo Bulhões (Câmara), mais o presidente Baleia Rossi (SP).

Nenhum dos três, por ora, cogita indicá-la. A cozinhada a teria feito desistir de ir à diplomação de Lula, no último dia 12.

Uma das saídas seria a sul-mato-grossense entrar na cota pessoal de Lula – que já está elástica -, pelo bom diferencial que ela teve na vitória do petista.

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